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📈 Panorama Geral do Mercado (até meados de 2025)
•Em 2024, foram lançadas 74.761 unidades (+20,5%) e vendidas 74.878 unidades (+20,8%) no Nordeste, segundo a CBIC.
•No 1º trimestre de 2025, a região liderou o crescimento nacional com 27,3% de alta em vendas e 15,1% nos lançamentos.
•A oferta final caiu 4,6%, refletindo absorção significativa da demanda.
•O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) representou 53% dos lançamentos e 47% das vendas, com crescimento de 40,9% nas vendas e 31,7% nos lançamentos em relação ao ano anterior.
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🔍 Segmentos de Destaque e Segmentação
•Imóveis econômicos (compactos, studios) devem continuar em destaque, impulsionados por juros altos (Selic perto de 12‑14 %) e políticas de subsídio publicadas, especialmente nas capitais como Salvador, Bahia.
•O segmento de alto e super-luxo também segue forte: crescimento de 85% nos últimos dois anos em lançamentos na região. Fortaleza lidera como principal polo.
•Já o médio padrão e até alto padrão cresce mais moderadamente (volume +3,8%, valor +23,7% em 2024), mas o desafio é o custo do crédito com juros elevados.
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🏙 Regional: Capitais e Projetos
•Salvador, Fortaleza e Recife lideram os aumentos no valor de aluguel residencial, com altas de cerca de 12 a 15% ano a ano. Os valores por m² variam entre R$ 32 e R$ 36, ainda com rentabilidade inferior à média nacional (~4‑5%).
•João Pessoa destaca-se pela expansão turística e urbana, atraindo nômades digitais e famílias, com lançamentos esgotando rapidamente já na pré-venda.
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💼 Macro e Infraestrutura
•Projeções da Tendências Consultoria indicam que o Nordeste deverá ter o maior crescimento econômico regional do Brasil entre 2025 e 2033, apoiado por investimentos públicos e privados de grande porte (ex: Stellantis em GO, refinaria no Pecém) no valor de dezenas de bilhões, via Novo PAC.
•Mas há incertezas em torno da efetivação desses investimentos (cronogramas, execução pública) — risco ressaltado por analistas.
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📅 Previsão para Dezembro de 2025
•Continuidade do aquecimento: espera-se volume de vendas e lançamentos ainda elevado, especialmente no segmento popular via MCMV/Faixa 4 (com subsídios e juros pré-fixados).
•Estoque reduzido: a absorção continua rápida — a oferta tende a se manter apertada, com preços estáveis ou em ligeira valorização real conforme inflação pressionada.
•Aluguéis em alta: reajustes previstos entre +10% e +15% na média das capitais nordestinas, puxados pela escassez de unidades e demanda crescente.
•Segmento de luxo/em alta renda: deve manter crescimento robusto, especialmente em Fortaleza e Maceió, com projetos sofisticados e valorização do metro quadrado.
•Risco e limitador: a taxa Selic ainda impacta negativamente o crédito de média e alta renda; a sustentabilidade do crescimento depende da execução efetiva de investimentos em infraestrutura e estabilidade macroeconômica.
• Dezembro de 2025 tende a fechar com o mercado aquecido, especialmente para imóveis econômicos.
•O programa MCMV seguirá como principal motor, ao lado de capitais que desenvolvem projetos de luxo.
•O cenário é positivo, mas sensível à política de juros, execução pública e controle da inflação.
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